Autonomia artificial: o caráter fetichista da tecnologia e seu segredo

vol. 29, n. 1 (2024) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

Autor: Cristian Arão Silva de Jesus

Resumo:

A tecnologia de aprendizado de máquina fez com que as inteligências artificiais aprendessem, de certa forma, por conta própria. Isso fez com que surgisse preocupação e encantamento por uma suposta autonomia dos sistemas automatizados. No entanto, em que pesem os processos de automação, isso não faz com que as máquinas sejam realmente autônomas, ainda que pareçam. Essa aparência de autonomia é sustentada por muito trabalho humano escondido. Por trás do véu tecnológico o que existe é um exército de trabalhadores que sustentam o bom funcionamento dos algoritmos. Esse fenômeno não é uma novidade nem um ponto fora da curva no desenvolvimento tecnológico. Marx, n’O Capital, já havia explicado o processo que transforma os trabalhadores em peças da engrenagem e a maquinaria da indústria em sujeito. Marcuse, dando continuidade a essa ideia, argumenta que disso surgiu uma racionalidade tecnológica que submete os seres humanos à lógica das máquinas. Pretende-se com esse artigo apresentar as análises desses filósofos sobre essa relação humano-máquina e oferecer uma perspectiva para superar essa inversão que coloca as pessoas à serviço da tecnologia.

ISSN: 1982-2928

DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v29i1.78529

Texto Completo: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78529

Palavras-Chave: inteligência artificial, racionalidade tecnológica, fetichismo, Marx, Marcuse.

Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

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