Três abordagens sobre a tecnologia e sua relação com o religioso e o sagrado
vol. 29, n. 1 (2024) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG
Autor: Vanessa Delazeri Mocellin
Resumo:
O problema abordado é o das relações entre o tecnológico e o sagrado no contexto dos discursos filosóficos, historiográficos e sociológicos sobre a técnica e a tecnologia. A ciência e tecnologia normalmente são pensadas e caracterizadas em oposição às crenças religiosas, aos mitos e à mística. Nesse sentido, são consideradas como ápice da racionalidade, do método e da eficiência em oposição à fé. Entretanto, como veremos neste artigo, esse modo de pensar a tecnologia e a ciência é apenas um dos modos possíveis de se pensar a relação entre elas e o sagrado e o religioso. Por isso, neste artigo sistematizam-se, analisam-se e comparam-se três vertentes contemporâneas. A primeira, referente à posição dos autores Jacques Ellul e Martin Heidegger, sustenta que a tecnologia supera e destrói o sagrado, e agora ocupa o seu lugar. A segunda, proposta pelos autores David Noble e Erik Davis, descreve a tecnologia como sendo ela mesma sagrada, na perspectiva de as tecnologias contemporâneas possibilitarem ao ser humano alcançar os próprios ideais de transcendência e de superação da finitude. A terceira, embora reconheça a associação entre a tecnologia e as categorias do sagrado, elabora uma crítica ao discurso de caráter salvífico sobre a tecnologia.
ISSN: 1982-2928
DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v29i1.78539
Texto Completo: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78539
Palavras-Chave: Tecnologia, imaginário, sagrado, religião, Gnosticismo Tecnológico
Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG
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