VIDA (ZOÉ), MUNDO E POLÍTICA: UMA REFLEXÃO SOBRE OS ASPECTOS BIOPOLÍTICOS NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT

vol. 23, n. 1 (2018) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

Autor: Fabio Abreu Passos

Resumo:

Nos últimos anos, a pesquisa em torno do pensamento arendtiano tem buscado explicitar a existência de elementos biopolíticos, mesmo que estes não apareçam no interior de seu pensamento de maneira evidente. Para tanto, se tem procurado, fundamentalmente, em A condição humana, conceitos biopolíticos que colocariam Arendt no rol daqueles que na modernidade lançaram luz sobre a biologização da política e o esvaziamento da esfera pública. Também acreditamos que há, no interior das reflexões arendtianas, elementos biopolíticos. Contudo, nosso objetivo é demonstrar que é na descrição do ponto central da política que está uma das chaves de leitura de uma biopolítica arendtiana. Sustentaremos nossa hipótese a partir da assertiva arendtiana, contida em seu texto O que é Política?, na qual a autora diz que “no ponto central da política está sempre a preocupação com o mundo e não com o homem”. Afirmar que o ponto central da política é cuidar do mundo e não dos homens problematiza dois aspectos: o risco que há em não se cuidar do mundo e a compreensão da política enquanto instância preservadora da vida, pois eleger a vida como fundamento da política significa subtrair a liberdade pela necessidade no interior das ações humanas.

 

DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.49934

Texto Completo: https://www.revistas.ufg.br/philosophos/article/view/49934/26005

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