A escrita heraclítica de Ferreira Gullar
PROMETEUS ANO 9 VOLUME 9 NÚMERO 21 edição especial • Prometeus: journal of philosophy
Autor: Aldo Dinucci
Resumo:
Em Vanguarda e Subdesenvolvimento, Ferreira Gullar, partindo da dialética marxista e da noção de obra aberta de Umberto Eco, chega a uma concepção de poesia como “revelação da atualidade do atual”. Essa revelação não pode ser abstrata, mas deve se originar da situação histórica, social e política na qual vive o poeta. Isso nos faz lembrar um aforismo de Heráclito que nos diz que “Dando ouvidos não a mim, mas ao lógos, é avisado concordar que todas as coisas são uma”. Isto é, embora se reconheça que todas as coisas estão em relação umas com as outras, perfazendo uma unidade concreta absoluta, o ser humano é incapaz de experienciar tal unidade. Caberá ao poeta atingir a universalidade através da expressão de suas experiências concretas, e não tentar alcançar um universal “artificial”, produzindo um falso discurso.
Texto Completo: https://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/5839
Prometeus: journal of philosophy
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