FOUCAULT LEITOR DE SADE: DA INFINIDADE DO DISCURSO À FINITUDE DO PRAZER
V. 19, N. 25 (2007) • Revista de Filosofia Aurora
Autor: Sébastien Charles
Resumo:
sexual própria ao Ocidente e um fanfarrão da boa consciência
burguesa. Nada de surpreendente então que a obra de Sade, que
valoriza a transgressão e o gozo, tenha sido o coração de sua reflexão
sobre o sexo. Contudo, ao ler mais de perto a interpretação que dela
propõe Foucault, vemos duas faces opostas do pensamento sadiano
emergir. A primeira anuncia a morte do sujeito e se encontra
mobilizada em favor de apostas trabalhadas pela questão
estruturalista. A segunda evoca antes o parricídio de Sade a favor de
uma sexualidade liberada dos constrangimentos do desejo e do gozo
a qualquer preço. Ler Sade por meio de Foucault é assim se interrogar
sobre as nossas práticas sexuais a fim de promover uma ars erotica
desembaraçada de uma sciencia sexualis da qual ele se faz em parte
o herdeiro. Desde então, a propósito do sexo, é a reflexão de Foucault
que aparece realmente libertadora e a de Sade castradora.
DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rfa.v19i25.1192
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/1192
Revista de Filosofia Aurora
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