A ANGÚSTIA TRATADA COMO UM AFETO
V. 23, N. 33 (2011) • Revista de Filosofia Aurora
Autor: Claudia Murta
Resumo:
No ano universitário de 1962-63, Lacan, em seu Seminário, propõe a angústia como um afeto. Para ele, o afeto não é uma emoção, pois a cada vez que se referencia aos afetos na psicanálise, procura afastá-los das propostas de análise psicofisiológica e procura se aproximar da filosofia. Para tanto, ele cita filósofos tais como Jean-Paul Sartre, Martin Heidegger e Sören Kierkegaard, além de Sigmund Freud. O objetivo deste artigo é percorrer as referências lacanianas às concepções dos filósofos citados, incluindo as concepções freudianas, sobre o tema da angústia e articulá-las às proposições lacanianas sobre o mesmo tema. A partir dessa comparação poder-se-á acompanhar o motivo pelo qual Lacan prefere se referir à filosofia para abordar o tema da angústia em vez de abordá-la a partir das referências psicofisiológicas.
DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rfa.v23i33.1549
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/1549
Revista de Filosofia Aurora
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