O princípio de delicadeza e a economia libidinosa em Sade
v. 3 n. 1 (2015) • Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
Autor: Clara Carnicero de Castro
Resumo:
Numa carta para sua esposa, Sade elogia a bizarrice e a eleva a categoria estética sob o nome de "princípio de delicadeza". Como bem observou Michel Delon, pode parecer paradoxal que aquele que prega o dever de delicadeza seja aquele mesmo cujo nome se tornou sinônimo de brutalidade. O termo, com efeito, é ambíguo e possui na obra do Marquês vários sentidos: da troca de cuidados entre Juliette e sua amante favorita, La Durand, passando por uma simples mania sexual, até chegar à fantasia "mais bizarra e mais singular de todas", aquela que depende de uma riqueza faustosa e que termina com uma pilha de corpos banhados de sangue. Trata-se aqui de, primeiro, examinar os diferentes sentidos do termo em Sade; em seguida, analisar as interpretações que Roland Barthes, Annie Le Brun e Michel Delon propõem para a delicadeza celerada; e, por fim, precisar o termo na sua relação com a prodigalidade luxuriosa.
ISSN: 2317-957
Texto Completo: http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12500
Palavras-Chave: Princípio de delicadeza,Sade,Delicadeza acel
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
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