A difícil tarefa de se tornar-se pessoa humana em Emmanuel Mounier e em Søren Kierkegaard entre o julgamento e a farsa de ser si mesmo

v. 4 n. 2 (2016) • Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea

Autor: Rafael García Pavón

Resumo:

O pensamento sobre a pessoa humana pode converter-se numa farsa, numa mentira que pretende ser verdadeira, quando reduz a dificuldade do desenvolvimento da pessoa como uma eleição de si mesma a definições ou categorias fáceis de manipular logicamente. Por isso, esse trabalho se propõe que para valorizar a pessoa humana em sua dignidade, se deve pensá-la como um ensaio – na elaborada noção de Montaigne – por assim dizer, levando em conta a dificuldade de ser si mesmo como uma relação de espírito encarnado e a dialética da eleição de si mesmo como espírito que define o desenvolvimento pleno da pessoa humana. Onde o pensador deve situar-se como a pessoa mesma que pensa na situação de eleger a possibilidade da revelação de si mesmo na ação. A eleição de si mesmo é escolher-se na situação própria humana na qual devemos reconhecer por um lado o que já nos determina e por outro o vínculo que ele pode ter com um horizonte indeterminado de possibilidades, tanto da própria pessoa como do mundo com o qual ela se relaciona, assim, escolher-se a si mesmo é receber-se na possibilidade da revelação. Para isso, trataremos primeiro da ideia de ser pessoa em Emmanuel Mounier e em segundo da dialética da eleição de si mesmo como proposta por Kierkegaard.

ISSN: 2317-957

Texto Completo: http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12553

Palavras-Chave: Eleição, Liberdade, Pessoa,Si mesmo

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