Petere imperium quod inanest nec datur umquam
v. 5 n. 2 (2017) • Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
Autor: Diego Lanciote
Resumo:
Luciano Canfora soergue a sentença lucreciana petere imperium quod inanest nec datur umquam com o propósito de criticar as formas políticas de representação burguesa. Todavia, ele acaba por suturar a categoria de vazio ao mesmo tempo que interpreta uma concepção de tempo e temporalidade equivocada em De Rerum Natura, o que o leva a conceber a posição política de Lucrécio como uma utopia pura, como projeção de uma anterioridade originária como solução política futura, cujo elemento central seria a amizade. Pretendo reestabelecer a categoria de tempo/temporalidade em Lucrécio e propor uma hipótese de leitura através de um exame comparativo com a estrutura de pensamento de Spinoza articulando a relação entre utilidade e amizade e, assim, indicar outra compreensão do projeto político lucreciano.
DOI: https://doi.org/10.26512/rfmc.v5i2.12608
Texto Completo: http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12608
Palavras-Chave: Vazi, TemporalidadE,amizade
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
A Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea caracteriza-se como um periódico digital, idealizado por um grupo de professores do Departamento de Filosofia da UnB (Universidade de Brasília), cujos interesses de pesquisa convergem para a interpretação e o debate dos pressupostos e dos desdobramentos históricos da tradição filosófica iniciada por volta do século XVII, centrada na discussão das faculdades do sujeito, dos modelos de organização política e social, dos valores e normas de conduta, assim como da natureza do belo e dos fundamentos da arte.
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