Os táxons biológicos têm essências?
v. 3 n. 2, fasc. 1 (2020) - Dossiê Filosofia & Biologia (Fascículo 1) • Revista Helius
Autor: Jerzy A. Brzozowski
Resumo:
Segundo uma concepção bastante popularizada na filosofia a partir do trabalho de Saul Kripke, propriedades essenciais seriam aquelas que um indivíduo ou grupo manifesta em todos mundos possíveis nos quais existe. Neste artigo, tento responder à questão de se as definições filogenéticas – um novo modelo para a taxonomia que toma corpo com o Código Internacional de Nomenclatura Filogenética (PhyloCode) – expressam propriedades essenciais dos táxons biológicos. Para tanto, analisarei a proposta de Joseph LaPorte, que argumenta em favor da leitura essencialista das definições tipológicas. Defenderei uma resposta negativa à pergunta do título, a partir de argumentos de uma reconstrução do argumento essencialista realizada por Helen Steward.
Abstract:
According to a widespread conception in philosophy stemming from the word of Saul Kripke, one may define essential properties to be those which an individual or set possesses in all possible worlds in which it exists. In this article, I attempt to answer whether phylogenetic definitions – a new paradigm for taxonomy embodied in the International Code of Phylogenetic Nomenclature (PhyloCode) – express essential properties of biological taxa. In order to do so, I analyse Joseph LaPorte's essentialist reading. Based on a reconstruction of the essentialist argument by Helen Steward, I will defend a negative answer to the question above.
ISSN: 2357-8297
Texto Completo: https://helius.uvanet.br/index.php/helius/article/view/211/166
Palavras-Chave: Essencialismo. Táxons biológicos. Nomenclatura filogenética.
Revista Helius
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