HANNAH ARENDT SOBRE THOMAS HOBBES E O RACISMO IMPERIALISTA

Revista Ideação - V.1 N. 42 (2020) • Revista Ideação

Autor: Yara Frateschi

Resumo:

Esse artigo se propõe a rastrear em Origens do totalitarismo algumas das razões – históricas e filosóficas - que teriam levado Arendt, em A crise da cultura, a identificar no juízo de gosto kantiano as características definidoras do juízo político. Na prim eira seção, veremos brevemente que o totalitarismo destrói justamente as condições para aquilo que Arendt chamará mais tarde de “mentalidade alargada”. Na segunda seção, eu procuro sugerir que a mentalidade alargada, tal como caracterizada em A crise na cultura, pode ser interpretada como antítese da mentalidade racista da burguesia europeia do século XIX que, de acordo com Arendt em Origens, pavimentou de algum modo o caminho do totalitarismo. Por fim, veremos que a mentalidade alargada é o avesso da menta lidade do homem hobbesiano, que, segundo Arendt, é o precursor filosófico do europeu imperialista.

ISSN: 2359-6384

DOI: http://dx.doi.org/10.13102/ideac.v1i42.5959

Texto Completo: http://periodicos.uefs.br/index.php/revistaideacao/article/view/5959/4675

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