AUTONOMIA, LEGISLAÇÃO E RAZÃO PRÁTICA NA FILOSOFIA MORAL KANTIANA

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 11 n. 26 (2019): Edição Especial - Ética e Filosofia Política • Revista Kínesis

Autor: Quesidonis Felipe da Silva

Resumo:

Este artigo tem por objetivo propor uma interpretação dos juízos morais na filosofia prática kantiana através dos conceitos de autonomia, legislação e razão prática conforme a Fundamentação da metafísica dos costumes. A autonomia apresenta-se como central para a elaboração dos juízos morais, cuja legislação se expressa sob a figura do reino dos fins. Os juízos morais se constituiriam em uma dupla estrutura silogística que garantiria a passagem do caráter puro da lei ao caráter empírico da ação, e isto não implica a introdução de elementos empíricos na filosofia moral. Deste modo, a proposta de um teste de universalidade é recusada e uma variação na proposta silogística de interpretação é defendida. Espera-se, assim, garantir algum grau de solidez à aplicação do imperativo categórico mediante uma deontologia compreendida não simplesmente como ética dos deveres, mas antes como ética da autonomia.

Abstract:

This paper has objective to propose an interpretation of the moral judgments in the Kantian practical philosophy through the concepts of autonomy, legislation and practical reason according to Groundwork of Metaphysics of Morals. The autonomy presents itself as central for the elaboration of the moral judgments whose legislation expresses itself under the figure of the kingdom of ends. The moral judgments were constituted in a double syllogistic structure that would ensure the passage of the pure character of the law to the empirical character of the action, and this does not involve the introduction of empirical elements in the moral philosophy. Thus, the proposal of a test of universality is refused and a variation in the syllogistic proposal of interpretation is defended. We hope to assure some degree of soundness to application of the categorical imperative through a deontology, which simply is not understood as ethics of duties but rather as ethics of autonomy.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2019.v11.n26.07.p88

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/8758

Palavras-Chave: Autonomia, Legislação, Razão Prática, Reino dos Fins, Juízos Morais

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