A CONCEPÇÃO SCHOPENHAUERIANA ACERCA DA LIBERDADE TRANSCENDENTAL DO INDIVÍDUO

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 9 n. 21 (2017) • Revista Kínesis

Autor: Amanda Oshiro Costa

Resumo:

Pretende-se investigar aqui a concepção schopenhaueriana acerca da liberdade transcendental do indivíduo. Tal concepção emerge da compreensão que Schopenhauer tem do mundo, a saber: 1) o mundo como representação – a relação entre sujeito e objeto determinada pelo princípio de razão; e 2) o mundo como Vontade – a essência irracional de tudo o que existe. Nestes termos, Schopenhauer considera o indivíduo, ao mesmo tempo, dotado de uma consciência que o faz se perceber como algo que quer – isto é, como uma manifestação individual da Vontade –, que lida com os objetos deste querer, as coisas externas do mundo – por intermédio da representação que tem delas. Além disso, o indivíduo é portador de um caráter inato e imutável (caráter inteligível), observável através das manifestações empíricas de sua vontade (caráter empírico). O que nos interessa é, principalmente, a relação entre determinismo e liberdade levantada pelo autor. /Por um lado, o caráter do homem é uma contingência da natureza – por isso, determinado. Por outro, ainda assim, para o filósofo, o homem pode ser considerado livre ao vislumbrar ser o que é. Nosso propósito é examinar a solução de Schopenhauer para estas duas oposições conceituais.

Abstract:

It is intended to investigate the Schopenhauerian conception on the transcendental freedom of the individual. Such conception emerges from Schopenhauer's comprehension of the world, namely: 1) the world as representation - the relation between subject and object determined by the principle of reason, and 2) the world as Will - the irrational essence of all that exists. Schopenhauer considers the individual at the same time endowed with a consciousness that makes him perceive himself as something that wants - that is, as an individual manifestation of the Will - that deals with the objects of this will, the external things of the world - by means of the representation that he has about these things. Moreover, the individual has an innate and immutable character (intelligible character). This character is observable through the empirical manifestations of the individual’s will (empirical character). Our main interest is the relation between determinism and freedom raised by the author. On the one hand, the character of man is a contingency of nature - therefore determined. On the other hand, according to the philosopher, man can be considered free when he sees what he is. Our purpose is to examine Schopenhauer's solution to these two conceptual oppositions.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2017.v9n21.03.p6

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/7747

Palavras-Chave: Schopenhauer. Liberdade transcendental. Determinismo. Indivíduo.Vontade

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