ARTHUR DANTO E GIANNI VATTIMO: FIM DA ARTE, MASS MEDIA E ESTETIZAÇÃO

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 5 n. 09 (2013) • Revista Kínesis

Autor: Cláudia Dalla Rosa Soares

Resumo:

Este artigo objetiva apresentar as interpretações de Arthur Danto e Gianni Vattimo sobre a questão “fim da arte”, introduzida por Hegel em seus Cursos de Estética. Segundo Danto há, no presente, uma transformação radical nas condições de produção das artes. As definições da arte não podem mais se fundamentar na inspeção direta das obras, exigindo uma mudança na forma de se refletir sobre a arte. O “vazio” das definições de arte no momento em que “tudo é permitido” traz a questão do “fim da arte”. Ora, para Danto, o “fim da arte” não significa o fim das produções artísticas na contemporaneidade, mas o fim das narrativas mestras. É um meio de se mostrar que as narrativas que definiram a arte tradicional chegaram a um fim e que a arte contemporânea não mais permite uma representação por narrativas. Vattimo, discorre, em consonância com Danto, acerca das transformações da arte e das insuficiências da Estética tradicional na contemporaneidade. Contudo, Vattimo destaca a incapacidade da Estética em compreender os mass media e suas possibilidades positivas. Para Vattimo, a reprodutibilidade técnica e a massificação são inconciliáveis com as definições tradicionais da Estética. Assim, a reflexão vattimiana busca apreender o sentido do estético na sociedade dos mass media, remetendo-se à questão do “fim da arte” em um sentido “pervertido” como generalização da esfera dos meios de comunicação.

Abstract:

This article presents the interpretations of Arthur Danto and Gianni Vattimo of the “end of art” introduced by Hegel in his Lectures on Fine Art. There is presently a radical transformation in the artistic production according to Danto. The concept of art can no longer be determined by the direct observation of the works of art, thus demanding a transformation in art reasoning. The “emptiness” of the definitions of art at the moment in which “everything is allowed” brings up the question of the “end of art”. According to Danto, the “end of art” does not mean the end of the contemporary artistic productions but the end of master narratives. It is a way of showing that the narratives, which defined traditional art, came to an end and that contemporary art is can no longer be a representation of narratives. Vattimo discusses, in harmony with Danto, the transformation of art and the narrowness of contemporary Aesthetics. Vattimo emphasizes, however, the ineptitude of Aesthetics to understand the media and its emancipatory sense. According to Vattimo, technical reproducibility and mass production are irreconcilable with the traditional definition of Aesthetics. Vattimo’s reflection seeks therefore to understand the meaning of the aesthetic in media society hence interpreting the question of the “end of art” in a corrupt sense: as the generalization of the mass media.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n09.4497

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4497

Palavras-Chave: Estética, Fim da arte, Pós-modernidade, Mass media.

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