SOBRE O CONCEITO DE IMORTALIDADE EM ARENDT E FEUERBACH: AMOR, POLÍTICA E FINITUDE

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 13 n. 34 (2021) • Revista Kínesis

Autor: Francisco Jameli Oliveira Reinaldo; Rosângela Fonteles do Nascimento Arcanjo

Resumo:

O presente artigo assume o desafio de dialogar com dois filósofos de épocas distintas e interesses investigativos aparentemente distintos, Arendt e Feuerbach, diálogo não enunciado nas obras dos referidos autores, mas possível, no nosso entender. A pergunta que norteia esta aproximação é a seguinte: é possível localizar no jovem Feuerbach de Pensamientos sobre muerte e inmortalidad (1993) e de De ratione, uma, universali, infinita (1995), na senda da crítica à imortalidade da alma, uma abertura para a inserção da reflexão política? Pensamos que tal abertura, apesar de não tematizada tacitamente, comparece na crítica ao individualismo moderno, crítica também presente em Arendt, notadamente em A condição humana (2014). Para o diálogo entre os dois pensadores, dividimos o trabalho em três partes: primeiro, a relação entre política e imortalidade, em seguida, as implicações do declínio da crença na imortalidade da alma e, por fim, o conceito de amor como categoria política fundamental para pensar a crítica de ambos ao solipsismo moderno.

Abstract:

This article takes on the challenge of dialoguing with two philosophers from different eras and investigative interests, apparently. Arendt and Feuerbach have a dialogue not enunciated in their works, but it is possible in our comprehension. There is a question that
guides this approach: is it possible to locate in the young Feuerbach of Pensamientos sobre muerte e inmortalidad (1993) and De ratione, uma, universali, infinita (1995), in the pathway of criticism to immortality of the soul, an opening for the insertion of political reflection? We think that such opening, although not tacitly themed, appears in the criticism of modern individualism also present in Arendt, notably in A condição humana (2014). For the dialogue between the two thinkers, we divided the work into three parts: first, the relationship between politics and immortality, and then, the implications of the decline in the belief in the immortality of the soul and, finally, the concept of love as a fundamental political category to think both critics of modern solipsism.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p81-98%20

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/12138

Palavras-Chave: Política, Imortalidade, Individualismo, Amor.

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