A DEFINIÇÃO DE ERRO COMO PRIVAÇÃO NA ÉTICA DE ESPINOSA

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v.14 n. 36 (2022) • Revista Kínesis

Autor: Gabriel Frizzarin de Souza

Resumo:

O artigo propõe uma investigação acerca da definição de erro como privação na Ética II de Espinosa, com vistas a compreender como o conceito de privação se inscreve no discurso espinosano sobre o erro e qual sentido tal conceito assume. O problema que move a investigação é a aparente contradição ao constatarmos que Espinosa introduz o conceito privação numa dimensão em que não se faz mais necessário garantir a liberdade da vontade como seu principal requisito. Assim, examinando as diversas figuras da privação nos textos de Espinosa (Cartas a Blijenbergh e Pensamentos Metafísicos), trata-se de esclarecer o uso espinosano do termo e de mensurá-lo em relação a um aparente retorno ao cartesianismo.

Abstract:

The article proposes an investigation about the definition of error as privation in Spinoza's Ethics II. Our goal is to understanding how the concept of privation is placed in Spinoza's philosophy on error and what meaning this concept assumes. The problem that guides the investigation is the apparent contradiction when we see that Spinoza introduces the concept of privation in a dimension in which it is no longer necessary to guarantee the freedom of the will as its main requirement. Thus, by examining the different figures of deprivation in Spinoza's texts (Letters to Blijenbergh and Metaphysical Thoughts), we intend to of clarifying Spinoza's use of the term and measuring it in relation to an apparent return to Cartesianism.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2022.v14n36.p156-184

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/13578

Palavras-Chave: Espinosa, Descartes, Erro, Privação

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