Autor: Regina Coeli Araújo Trindade Negreiros

Resumo:

O presente artigo tem por objetivo discutir o que cabe no guarda-chuva da filosofia ocidental partindodo pressuposto da negação da filosofia africana pelo eurocentrismo. Abordou-se o conceito do Ubuntucomo um dos termos fundadores da filosofia africana, sendo ele uma práxis sociocultural que permeiaa convivência social coletiva que assinala para o caráter complexo de uma filosofia relacionada àhumanidade, conectando de forma biocêntrica1, humanos e não-humanos, sensível e inteligívelsimultaneamente, o que não é aceito pelo pensamento cartesiano eurocêntrico. Dentro do modeloteórico realizou-se a discussão sobre negação da existência da filosofia fora dos muros eurocentrista,especificamente da filosofia africana cujo principal sustentação dar-se através do ubuntu, constatando-se que a história da filosofia tradicional eurocêntrica, apesar de suas inúmeras contribuições para opensamento filosófico, foi excludente e por isso, precisa ser devidamente repensada erecontextualizada para fechar as feridas abertas pelo colonialismo. Utilizei-me do método filosófico eda revisão bibliográfica de autores que se destacam na filosofia africana e na filosofia do ocidente parafundamentar a presente discussão.

Abstract:

This article aims to discuss what fits in the umbrella of Western philosophy based on the assumptionof the negation of African philosophy by Eurocentrism. The concept of Ubuntu was approached as oneof the founding terms of African philosophy, being it a socio-cultural praxis that permeates thecollective social coexistence that points to the complex character of a philosophy related to humanity,connecting in a biocentric way, human and non-human. -human, sensitive and intelligible simultaneously, which is not accepted by Eurocentric Cartesian thinking. Within the theoretical model,there was a discussion about the denial of the existence of philosophy outside the Eurocentric walls,specifically of African philosophy whose main support is given through ubuntu, verifying that thehistory of traditional Eurocentric philosophy, despite its numerous contributions for philosophicalthought, it was exclusive and, therefore, it needs to be properly rethought and recontextualized to closethe wounds opened by colonialism. I used the philosophical method and the bibliographic review ofauthors who stand out in African philosophy and Western philosophy to support the presentdiscussion.

ISSN: 2675-5696

DOI: http://dx.doi.org/10.48098/refiedi.v2i1.194

Texto Completo: http://novo.revista.uepb.edu.br/REFIEDI/article/view/194

Palavras-Chave: Eurocentrismo. Filosofia ocidental. Filosofia africana.