PHILOSOPHY AND SCIENCE AS CONVERSATION
2012, Volume 68, Fasc. 1-2 • Revista Portuguesa de Filosofia
Autor: Barbara Tucha?ska
Resumo:
A filosofia e a ciência são descritas como práticas cognitivas sociais, históricas e culturais, cuja estrutura ontológica é a do diálogo. Desenvolve-se uma explicação conversacional da cognição, baseada na análise crítica da visão hermenêutica de Gadamer. Defende-se que uma interpretação de um texto histórico, uma tradução de um texto para outra linguagem e uma conversação directa são interacções sociais. Discutem-se três diferenças cruciais entre interpretação hermenêutica e conversação cognitiva: um texto interpretado é abordado na sua individualidade, enquanto o objectivo da conversação cognitiva é o de des-personalizar a conversação; a interpretação visa preservar um texto interpretado, enquanto uma conversação cognitiva visa elaborar uma nova visão da matéria conversada; a concordância não é sempre o objectivo e o resultado de uma conversação cognitiva. Por último, caracteriza-se a diferença entre conversações filosófica e científica com o auxílio dos conceitos de operações de objectivação e de auto-referencialidade do filosofar.
Abstract:
I depict philosophy and science as socio-historical-cultural cognitive practices, whose ontological structure is dialogue. I construct my conversational account of cognition in the course of the critical analysis of Gadamer’s view of hermeneutic interpretation. I argue that an interpretation of a historical text, a translation of a text into another language, and a direct conversation are social interactions. I discuss three crucial differences between hermeneutic interpretation and cognitive conversation: an interpreted text is approached in its individuality, whereas the objective of cognitive conversation is to de-personalize the conversation; the interpretation aims at preserving an interpreted text whereas a cognitive conversation aims at elaborating a new view of the subject matter of a conversation; agreement is not always the aim and outcome of a cognitive conversation. Finally, I characterize the difference between philosophical and scientific conversation with the help of the concepts of objectifying operations and the self-referentiality of philosophizing.
ISSN: 0870-5283; 2183-461X
DOI: http://doi.org/10.17990/RPF/2012_68_1_0105
Texto Completo: https://www.publicacoesfacfil.pt/product.php?id_product=168
Palavras-Chave: cognição ,conversação,diálogo,Gadamer,Heidegg
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