Autor: Karin de Boer

Resumo:

Não há dúvida que tanto Kant como Hegel viram os seus respectivos trabalhos, como contribuições para aquilo que consideravam ser a “metafísica”. No entanto, a autora argumenta, que isto só deve ser compreendido, tendo presente, as concepções de metafísica de cada um dos autores. A autora, começando pela distinção implícita entre metafísica geral e metafísica especial na Crítica da Razão Pura, argumenta que Kant, Fichte, Schelling e Hegel comprometeram-se com uma investigação que, até essa altura, era do domínio da metafísica geral. A autora, concentrando-se na noção de sistema de razão pura, tal como aludido na Crítica da Razão Pura, mostra, que os sucessores de Kant, interpretaram erroneamente a distinção kantiana entre crítica e sistema, o que permitiu elaborarem um sistema completo de razão pura, contrário àquilo que era intenção de Kant. 

Abstract:

There is no doubt that both Kant and Hegel saw their work as contributions to what they considered metaphysics proper. Yet what they meant by this, I argue, can only be understood by taking into account their own conception of metaphysics. Starting from Kant’s implicit distinction between general metaphysics and special metaphysics in the Critique of Pure Reason, I argue that Kant, Fichte, Schelling and Hegel engaged in the investigation that used to be carried out in general metaphysics. Focusing on the notion of a system of pure reason intimated in the Critique of Pure Reason, I show, moreover, that Kant’s successors, while misinterpreting the Kantian distinction between critique and system, elaborated a method that made it possible to produce a complete system of pure reason, albeit one that differed from the system Kant had in mind. 

ISSN: 0870-5283; 2183-461X

DOI: http://doi.org/10.17990/RPF/2015_71_2_0267

Texto Completo: https://www.publicacoesfacfil.pt/product.php?id_product=790

Palavras-Chave: Fichte,Hegel,idealismo alemão,Kant,metafísica