A ESCOLA DE FRANKFURT E A METAFÍSICA

Síntese - Revista de Filosofia v. 50. n.156 • Síntese - Revista de Filosofia

Autor: Manfredo Araújo de Oliveira

Resumo:

A Metafísica encontrou, em Aristóteles, sua primeira tentativa de articulação. Ele procura determinar a natureza deste saber: ele tematiza os princípios que são válidos para o conhecimento de qualquer entidade. Na “ciência primeira” não se pesquisa uma região determinada do real, mas o real enquanto tal e em seu todo. Já desde seu primeiro momento, a Teoria Crítica de Frankfurt se vai articular contrapondo-se tanto à metafísica quanto à concepção positivista de ciência. Consideramos, neste ensaio, a contraposição à metafísica tomando como representante da fase inicial M. Horkheimer e, na fase atual, J. Habermas, que tematizaram explicitamente esta contraposição. Habermas, partindo da reviravolta pragmática, articula um modelo pós-metafísico de filosofia que termina por introduzir uma metafísica pensada na forma do fisicalismo contemporâneo.

Abstract:

Metaphysics found, in Aristotle, its first attempt to articulate. He seeks to determine the nature of this knowledge: it thematizes the principles that are valid for the knowledge of any entity. From its very beginning, Frankfurt’s Critical Theory was articulated in opposition to both metaphysics and the positivist conception of science.  In this essay, we consider the opposition to metaphysics, taking M. Horkheimer as a representative of the initial phase and, in the current phase, J. Habermas, who explicitly thematized the opposition. Starting from the pragmatic turn, Habermas articulates a post-metaphysical model of philosophy that ends up introducing a metaphysics conceived in the form of contemporary physicalism.

ISSN: 0103-4332

DOI: 10.20911/21769389v50n156p13/2023

Texto Completo: https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/5325/4991

Palavras-Chave: Metafísica. Totalidade. Teoria Crítica. Pensamento Pós-metafísico.