DOES TIME HAVE A SPEED? TIME QUALIA AND BERGSON?S DURÉE

Síntese - Revista de Filosofia v.51. n.160 • Síntese - Revista de Filosofia

Autor: Yasushi Hirai

Resumo:

Henri Bergson critica a concepção tradicional de tempo como mera sucessão de estados por considerar que ela falha em capturar o aspecto crucial da velocidade ou ritmo do tempo. Este artigo explora a concepção bergsoniana acerca da velocidade do tempo pela perspectiva das descobertas da ciência moderna e da Filosofia Analítica, especialmente pelos recursos críticos da ciência cognitiva e da análise lógica. Pela adoção do conceito de “qualia do tempo”, o qual distingue entre os aspectos qualitativos e quantitativos da experiência temporal, o autor defende a posição bergsoniana e propõe um novo paradigma teórico para entender a relação entre o movimento externo, sua medida e a consciência da duração. A formulação não apenas esclarece as conexões intrínsecas entre vários textos bergsonianos correlacionados, mas também contribui para diferenciar entre dois tipos distintos de velocidade temporal – uma fundada no qualia do tempo e outra no qualia do fluxo. Conclui-se que os aspectos qualitativos da experiência temporal possuem uma realidade irredutível que mais complementa do que se contrapõe aos aspectos qualitativos, defendendo-se então que a perspectiva bergsoniana oferece um entendimento mais adequado da natureza do tempo e de nossa experiência temporal.

Abstract:

Henri Bergson critiques the traditional view of time as a mere succession of states, arguing that it fails to capture the crucial aspect of time's speed or pace. The paper explores Bergson's concept of time's speed through the lens of modern scientific insights and analytic philosophy, addressing critiques from cognitive science and logical analysis. By introducing the concept of "time qualia," which distinguishes between the quantitative and qualitative aspects of temporal experience, the author defends Bergson's position and provides a new theoretical framework for understanding the relationship between external motion, its measurement, and conscious durée. The formulation of this concept not only sheds light on the intrinsic connections between various related texts but also contributes to the differentiation between two distinct types of time speed — time-qualia-based and flow-qualia-based. The author concludes that the qualitative aspects of time experience have an irreducible reality that complements, rather than opposes, the quantitative aspects, arguing that Bergson's perspective offers a more comprehensive understanding of time's nature and our experience of it.

ISSN: 0103-4332

DOI: https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/5768/5292

Texto Completo: https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/5767/5291

Palavras-Chave: Henri Bergson. Time's speed. Time qualia. Experience measurement.