O Fascismo Transindividual
v. 45 n. 01 (2022) • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp
Autor: Ádamo Bouças Escossia da Veiga
Resumo:
O presente artigo versa sobre o problema político-filosófico do fascismo. O conceito tem mostrado crescente relevância no cenário público nacional e mundial, figurando cada vez mais no debate leigo e especializado. O termo fascismo, hoje, é amplamente empregado, tanto na qualificação de movimentos políticos de diversos espectros quanto na grande mídia e revistas científicas. O objetivo deste artigo é utilizar o conceito de transindividual na compreensão do fascismo, a partir da teorização, ela mesma transindividual, do fenômeno, realizada por Deleuze e Guattari, através da sua compreensão do desejo. O transindividual caracteriza um movimento filosófico de dupla rejeição em que se nega, simultaneamente, uma abordagem holista e individualista do campo social, procurando
pensar o indivíduo e coletivo como coextensivos a um processo genético que produz a ambos, sem primado de um sobre o outro. Tal conceito vem se revelando uma ferramenta analítica de crescente uso e repercussão, no debate acadêmico contemporâneo. Nesse sentido, a utilização do transindividual, enquanto matriz teórica, na compreensão do fenômeno fascista ainda não foi realizada de forma esquemática e, desse modo, recorrendo à compreensão transindividual do fascismo de Deleuze e Guattari, pretende-se contribuir para o alargamento desse horizonte teórico.
ISSN: 1980-539X
DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n1.p13
Texto Completo: https://www.scielo.br/j/trans/a/wt5MStWgsLhq5XPdLrxjGzf/?lang=pt
Palavras-Chave: Deleuze e Guattari, Desejo, Fascismo Transindividual, Filosofia Política Contemporânea
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