Invertendo a identidade cultural no Ocidente: a Exposição Internacional de Arte Chinesa em Londres de 1935-1936: em perspectiva filosófica

vol. 48, n. 5 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Yanhong Liu

Resumo:

A Exposição Internacional de Arte Chinesa de 1935-1936, em Londres, desempenhou um papel fundamental na reformulação das percepções ocidentais da identidade cultural chinesa. Este estudo examina os quadros filosóficos e curatoriais que fundamentaram a exposição, analisando como a transição de "Japonismo" para um estilo claramente "chinês" foi estrategicamente foi feita com curadoria para desafiar estereótipos ocidentais fortalecidos. Através de uma abordagem multidisciplinar que integra a filosofia cultural, a história da arte e os estudos de museu, o texto emprega quadros teóricos da hibridez cultural de Homi Bhabha, do capital cultural de Pierre Bourdieu e do orientalismo de Edward Said para interrogar a dinâmica do poder na representação da arte chinesa. Os achados demonstram como as decisões curatoriais, profundamente radicadas na estética confuciana e taoísta, funcionaram como ferramentas artísticas e diplomáticas, reforçando a soberania cultural da China, enquanto influenciaram as práticas museológicas ocidentais. Este trabalho contribui para discursos em curso na diplomacia cultural, história de arte transnacional e circulação global da estética.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2025.v48.n5.e025047

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/16972

Palavras-Chave: Arte Chinesa, Londres 1935-1936, Prévia de Xangai, Identidade cultural, Filosofia Cultural

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