Autor: Linglan Xia; Maoyue Zhang

Resumo:

A crítica de Karl Marx sobre alienação laboral permanece um tema central, em discussões sobre a exploração dos trabalhadores em sociedades capitalistas. Este estudo analisa como os Estados socialistas – a União Soviética, a China e Cuba – tentaram institucionalizar a teoria marxista do trabalho, em seus quadros jurídicos, focando na propriedade coletiva, abolição da propriedade privada e relações laborais. Ao empregar uma análise comparativa hermenêutica, este trabalho explora as contradições entre os ideais marxistas e sua aplicação prática em sistemas jurídicos socialistas. Particularmente, ele mostra como as estruturas burocráticas e a interferência política formaram as políticas laborais. Enquanto a teoria de Marx fornece uma base teórica para eliminar a alienação, através da propriedade coletiva, este artigo destaca como os desafios do mundo real impediram a criação de uma ordem jurídica completamente antialienante. Além disso, o trabalho estende a discussão às preocupações modernas do trabalho, incluindo a economia gig, a automatização e as políticas neoliberais do trabalho, demonstrando como as críticas marxistas do trabalho permanecem relevantes, na bolsa de estudos jurídica contemporânea. Os achados sugerem que estruturas legais, inspiradas pelo pensamento marxista, muitas vezes não conseguiram dar pleno poder aos trabalhadores, levantando questões sobre a viabilidade das políticas antialienação, nos sistemas socialistas de trabalho.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2025.v48.n5.e025054

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/16904

Palavras-Chave: Alienação laboral, Marxismo, Estado socialista, Direito do trabalho, Economia gigante