Physicalism without identity

v. 43 n. 2 (2020) • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Rodrigo A. dos S. Gouvea

Resumo:

O artigo apresenta e discute as tentativas mais influentes de caracterizar o fisicalismo sem postular relações de identidade entre o que é físico e o que é prima facie não físico. A primeira seção trata da possível crítica de que essas tentativas são equivocadas, porque contradizem o bordão fisicalista “tudo o que existe é físico”. Na segunda seção, elucido as diferentes formulações da tese fisicalista da superveniência, e argumento que nenhuma delas consiste em uma caracterização adequada do fisicalismo. Três razões são oferecidas em favor dessa conclusão: sua compatibilidade com formas de dualismo (ou pluralismo); o fato de que a relação de superveniência é mantida sem explicação; e o argumento de Kim da exclusão causal, segundo o qual entidades meramente supervenientes (i.e., aquelas que não estão em relações de identidade com entidades estritamente físicas) devem ser epifenomenais. A terceira seção apresenta os aspectos gerais de outra tentativa de caracterizar o fisicalismo independente da identidade, a saber, o fisicalismo de realização. De acordo com essa posição, ocorrências de tipos prima facie não físicos são realizadas por ocorrências de tipos físicos quando estes executam os papéis funcionais que especificam a natureza dos primeiros. A terceira seção também revela como o fisicalismo de realização lida com as objeções que tornam as teses fisicalistas da superveniência inadequadas para a caracterização do fisicalismo.

Abstract:

This paper presents and discusses the most influential attempts to characterize physicalism without postulating relations of identity between the physical and the prima facie non-physical. The first section deals with a possible criticism that these attempts are misguided, since they contradict the physicalist slogan “everything there is physical.” In the second section, I elucidate the different formulations of the physicalist supervenience claim, and argue that none of them consists in an adequate characterization of physicalism. Three reasons are given in favor of this conclusion: their compatibility with forms of dualism (or pluralism); the fact that the supervenience relation is left unexplained; and Kim’s causal exclusion argument, which asserts that merely supervenient entities (i.e., ones that are not in identity relations with strictly physical entities) must be epiphenomenal. The third section presents the general features of another identity-independent attempt to characterize physicalism, namely realization physicalism. According to this view, tokens of prima facie non-physical types are realized by tokens of strictly physical types performing functional roles that specify the nature of the former. The third section also shows how realization physicalism deals with the objections that make physicalist supervenience claims inadequate for characterizing physicalism.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2020.v43n2.14.p253

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/trans/a/t9VL693zG4Gvcd3zK6cVFjv/?format=html&lang=en

Palavras-Chave: Fisicalismo; Identidade; Superveniência; Funcionalismo; Realização

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