“Como no princípio”: O balbucio da linguagem poética

Viso · Cadernos de estética aplicada N° 20 • Viso: Cadernos de Estética Aplicada

Autor: Eduardo Pellejero

Resumo:

Todos os escritores procuram algo, mesmo que nem sempre saibam o que procuram. Das suas obras sempre esperamos e retemos alguns achados, mas sobretudo estimamos a perseverança no exercício de nomear e renomear o mundo, que é prerrogativa da nossa liberdade. Nascimento continuado, a literatura sacodeou faz gaguejar a língua, desconhecendo o ascendente das suas origens e expondo a linguagem ao risco da sua suspensão – e quiçá também à possibilidade do recomeço. O presente trabalho pretende explorar algumas das singularidades da linguagem poética enquanto expressão criadora, a partir de um diálogo com as obras de Maurice Merleau-Ponty, Michel Foucault e Gilles Deleuze.

Abstract:

All writers look for something, even though they not always know what they are looking for. From their works we expect and keep some discoveries, but mainly we value their perseverance in the exercise of naming and renaming the world, which is a prerogative of our freedom. Literature shakes language, or makes it stutter, exposing its structures to the risk of suspension – and perhaps, also to the chance of a new beginning. This paper aims to explore some singularities of poetic language as creative expression, establishing a dialogue with the works of Maurice Merleau-Ponty, Michel Foucault and Gilles Deleuze.

Texto Completo: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp?sArti=220

Palavras-Chave: linguagem , literatura, expressão criadora ,

Viso: Cadernos de Estética Aplicada

viso s.m. 1 modo de apresentar-se, aparência, aspecto, fisionomia 2 sinal ou resquício que deixa entrever algo; vestígio, vislumbre 3 recordação vaga; reminiscência 4 modo de ver, opinião, parecer 5 o cume de uma elevação, monte ou montanha 6 pequena colina, monte, outeiro 7 obsl. o órgão da visão, a vista. ETIM lat. visum ‘visão, imagem, espetáculo’.