AS FONTES DA TEORIA DA SUBLIMAÇÃO DE FREUD NA FILOSOFIA DE SCHOPENHAUER
V. 6, N. 1 (2015) • Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Autor: Renato Nunes Bittencourt
Resumo:
De acordo com a visão de mundo de Schopenhauer, o ser humano se caracteriza por ser dominado por uma carência essencial, motivada pela eterna insatisfação dos seus desejos e inclinações. Essa situação motiva na personalidade humana o desgosto pela existência, o desenvolvimento de sentimentos terríveis e violentos, brevemente apaziguados quando o homem consegue suprir essa carência existencial, os quais, após uma feliz paz de espírito, afloram novamente na vida humana com máxima intensidade. Schopenhauer elabora a referida teoria da contemplação estética, considerando que o indivíduo que se dedica à criação artística e mesmo ao ato de filosofar, torna-se efetivamente capaz de apaziguar por momentos preciosos o abrasamento de sua infelicidade. Tal perspectiva influencia Freud quando este desenvolve a teoria da sublimação, sendo que esta se caracteriza por superar em alguns passos a perspectiva de Schopenhauer, pelo fato de que Freud considera que não apenas na criação artística e na Filosofia, mas em qualquer outra atividade, de caráter intelectual ou até mesmo de labor, o ser humano canalizaria os seus voluptuosos impulsos sexuais (que na teoria de Schopenhauer seria mais uma das expressões do desejo imposto pela vontade humana) através da realização de empreendimentos, de ações que, transformando essa energia vital dispersa através do ato sexual, em um impulso produtivo concreto.
Texto Completo: https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/33808
Palavras-Chave: Contemplação Estética; ,Genialidade, Sublima
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
A Voluntas: Revista Internacional de Filosofia (Qualis/CAPES B1) é um periódico do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria e da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft. Tem como objetivo central publicar trabalhos em formato de artigos originais, resenhas, traduções e entrevistas da área de Filosofia, em vista de promover interlocuções entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Até o ano de 2018 o periódico possui periodicidade semestral e publica números exclusivamente voltados para a filosofia schopenhaueriana. A partir de 2019, com periodicidade quadrimestral (três números por ano), cada número passará a ser dividido em duas partes: (i) uma Seção intitulada Estudos Schopenhauerianos, que funciona em fluxo contínuo e que dá continuidade ao perfil original do periódico; (ii) um Dossiê sobre variados temas, que compreendem a área da Filosofia, intercalados de acordo com as três linhas de pesquisa do PPGF da UFSM, quais sejam, (1) Ética normativa, metaética e ética aplicada, (2) Linguagem, realidade e conhecimento, e (3) Fenomenologia e compreensão. Além disso, a revista publicará, eventualmente, números especiais.